Brasão

 

 

O Brasão de Armas do Município de São Sebastião da Amoreira foi instituído através da Lei Municipal 1357/2015 de 23 de outubro de 2015.


Descrição Heráldica do Brasão do município de São Sebastião da Amoreira:

Escudo composto por uma árvore sobre uma planície gramada com um céu azul ao fundo. A árvore é da espécie Maclura Tinctória, popularmente conhecida por amoreira, responsável pela origem do nome do município, a planície gramada representa a geografia predominantemente plana que o município possui e o céu azul representa o futuro claro e promissor do município.
Encimando o escudo uma coroa mural de prata de oito torres, abertas de negro, das quais apenas cinco são vistas, sendo as das extremidades laterais vistas pela metade, é na heráldica o símbolo máximo para brasões de municípios que não são capitais no Brasil.
Ladeando o escudo um ramo do algodão frutificado, subindo à destra e um ramo de café frutificado subindo à sinistra, tais ramos representam as culturas agrícolas que alavancaram a economia da região, proporcionando o nascimento e o desenvolvimento do município.
Sob o escudo um listel pregueado de três peças na cor branca, com bordas em prata representando as riquezas do município, forrado de vermelho representando o solo fértil do norte do estado do Paraná onde se encontra o município, ostentando em negro o nome do município “SÃO SEBASTIÃO DA AMOREIRA” em letras maiúsculas na prega central, “14 de NOVEMBRO” na prega à destra e “de 1951” na prega à sinistra compõem a data de criação do município.


Porquê da instituição de um brasão para o município:

A proposta de criação do brasão se deu pelo fato de o município de São Sebastião da Amoreira não ter instituído um brasão de armas desde sua criação, tendo como símbolo apenas sua bandeira e seu hino.
O brasão é a arte que, segundo a heráldica (heráldica é a arte que estuda a origem e significado dos brasões, e também sua criação e linguagem. Essa linguagem utiliza termos específicos, que não usamos normalmente, e é estrita e rigorosa na descrição do símbolo), se constitui em um conjunto de peças, figuras e ornatos dispostos no campo de um escudo e/ou fora dele, e que representam as armas de uma nação, país, estado, cidade, de um soberano, de uma família, de um indivíduo, de uma corporação ou associação, isto é, sinais simbólicos da história e dos valores de um povo. O brasão é um dos símbolos oficiais do governo municipal, seu objetivo é o de valorizar os símbolos municipais e a história do povo amoreirense, bem como coibir a autopromoção, além de evitar despesas significativas relacionadas a modificações, devido a cada mudança de governo municipal. O brasão deve ser utilizado, de forma padrão e exclusiva em peças de mídia exterior, propagandas, crachás, ofícios, circulares, placas de identificação, veículos e prédios públicos, etc., constituindo-se num símbolo oficial municipal, personalizando a gestão pública municipal e evitando-se o personalismo do gestor, em conformidade com o princípio da impessoalidade da administração pública.


Composição do Brasão de armas do Município de São Sebastião da Amoreira e seus significados:
 
Coroa Mural

A coroa mural na heráldica é o elemento que representa e distingue, se a localidade é um município, vila, ou capital. Conforme a classificação abaixo:  

 

Sendo assim, a coroa mural do município de São Sebastião da Amoreira é a coroa mural de prata com oito torres, sendo cinco torres a vista. Destas cinco, as duas extremidades são vistas pela metade, dando ideia de que suas outras metades estariam dando volta para a parte de trás.

Os ramos

Os ramos que ladeiam o escudo do brasão são o de café e o de algodão, representando as culturas agrícolas que alavancaram a economia da região e proporcionaram o nascimento e o desenvolvimento do município de São Sebastião da Amoreira.


O Escudo

O escudo é composto de uma amoreira sobre uma planície gramada com um céu a azul ao fundo sem montanhas ou cordilheiras, tendo em vista que esta é a geografia do município. Atualmente a amoreira não é mais encontrada na cidade, apenas nas matas próximas do município, entretanto na época da formação do município a mesma era abundante, tanto é que deu nome ao município, aliás, na época do povoamento a Fazenda Três Barras que ficava localizada no município de São Sebastião da Amoreira, abrangendo também algumas cidades vizinhas, era subdividida em seções e cada seção o proprietário da fazenda nomeou com nomes de árvores, onde hoje é a sede do município de São Sebastião da Amoreira, antigamente era conhecida por seção Amoreira, tendo em vista à abundância da árvore conhecida pelo mesmo nome, que possui o nome científico de Maclura Tinctória, por este motivo a amoreira é o elemento mais expressivo do brasão. Em relação às planícies as mesmas sempre foram elementos que identificam São Sebastião da Amoreira, já que a cidade é conhecida como a mais plana da região. Por fim o céu azul representa o futuro claro e promissor do município.
 
O Listel

O brasão conterá sob o escudo um listel pregueado de três peças na cor branca, com bordas em prata representando as riquezas do município, forrado de vermelho representando o solo fértil do norte do estado do Paraná onde se encontra o município, ostentando em negro o nome do município “SÃO SEBASTIÃO DA AMOREIRA” em letras maiúsculas na prega central, “14 de NOVEMBRO” na prega à destra e “de 1952” na prega à sinistra compõem a data de criação do município.
 

 Por que foram inseridos elementos da época da emancipação?

O povoamento de São Sebastião da Amoreira teve início com a criação do Distrito Administrativo de Assaí, no Município de São Jerônimo. À medida que Assaí crescia um novo e importante núcleo populacional, denominado Fazenda Três Barras iam se formando dentro de sua área administrativa, acompanhando, de perto, o progresso e a evolução da sede municipal. Esse novo Patrimônio, graças à tenacidade dos seus primeiros povoadores, não demorou a adquirir a sua autonomia político-administrativa. Localizado na próspera região do norte do Paraná, a Fazenda Três Barras tem sua história diretamente ligada ao ciclo do café e do algodão. Os seus proprietários, ao procederem à sua divisão deram o nome de Amoreira à secção onde está localizada a atual Cidade.
Ao ser construída a igreja do Povoado, foi a mesma consagrada a São Sebastião, como padroeiro da Cidade em formação. Assim, a Povoação passou a ser conhecida como São Sebastião da Amoreira.
Em 11 de outubro de 1947, a localidade foi elevada à categoria de Distrito Administrativo, pertencente ao Município de Assaí e com a denominação de São Sebastião da Amoreira. Em 14 de novembro de 1951, foi elevado à categoria de Município, com território desmembrado do de Assaí e com a denominação de "Amoreira". Pela Lei Municipal nº 8, de 9 de maio de 1964, voltou a chamar-se São Sebastião da Amoreira.
Por esse motivo, esses elementos, “café e algodão”, devem figurar no brasão de São Sebastião da Amoreira, pois, remetem à nossa emancipação. Atualmente o município de São Sebastião da Amoreira é um grande produtor de cana de açúcar e de soja, entretanto tais culturas não são aconselháveis de serem incluídas no brasão, tendo em vista que esses elementos não tem uma ligação direta como referencial histórico que ensejou a emancipação política. Trata-se de uma cultura agrícola predominante na atualidade e que pode permanecer ou não como o nosso principal produto agrícola.
     O referencial histórico deve predominar na definição de elementos que compõem os símbolos municipais, um exemplo prático é o brasão do município de Curitiba, capital do nosso estado, seu brasão é composto de uma Araucária no escudo, um ramo de trigo e um ramo de uva ladeando o escudo e não desenhos de arranha-céus e fábricas.

A autoria

A ideia, concepção e autoria do brasão, bem como, desenho e composição gráfica, é resultado de trabalho de pesquisa de Rômulo Ricardo Janoni Soares (Servidor Público Municipal concursado como Administrador) a pedido da administração.
A criação deste brasão não teve custo algum para o município, pois o autor o fez por amor ao seu município, com o objetivo de exaltar e valorizar os símbolos municipais.